segunda-feira, 7 de maio de 2012

Ser mãe - parte I

Na semana passada, planejei escrever uma série em homenagem ao dia das mães. Pretendia escrever sobre a minha rotina e fazer o relato da semana de uma mãe sem babá e com uma vó dedicada (salvação da minha vida!).

Imaginei que descreveria a rotina de casa-escola-trabalho-casa. Mas comecei a semana provando a lição número um da maternidade: a vida de mãe é cheia de imprevistos.

Só agora pude parar e escrever. Passei a noite no dorme-acorda sem fim. Filho com febre, mãe preocupada, sono prejudicado. Levanta, verifica a temperatura, arruma o cobertor, deita de novo. Qualquer barulhinho ou resmungo era o alarme para ficar de pé.

Resultado: levantei cansada e, ainda, preocupada já que o baby não estava cem por cento. No trabalho, tentei, fiz um esforço danado para me concentrar e dei a sorte de concluir uma matéria em cima da hora. Tive que pedir para ir embora mais cedo e assumir os cuidados do pequeno em casa.

E o dia não parou por aí. Fui atrás de lanches gostosos para despertar a vontade do pequeno comer e nada. Difícil driblar a inapetência de um ser tão pequenino e que não sabe dizer o que tem. O melhor mesmo é levar o filho no médico e darem aquela resposta genérica: “É virose!” Ótimo! Tradução para as mães: não há o que fazer; tem que esperar.

E os cuidados continuam. Torcida para que o pequeno durma bem e acorde melhor ainda.

Provavelmente, passarei essa noite da mesma maneira, no dorme-acorda. Porque é isso que uma mãe faz. Podem querer até nos substituir mas o coração bate a forte e a gente enfrenta o cansaço para fazer vigília.

Nada de obrigação. É tudo por amor. É um pedaço da mulher que sai da barriga e, de repente, perde-se o controle sobre ele. Não sabemos mais o que ele sente. Não temos mais o controle total e absoluto sobre como ele se alimenta. Nem podemos levar a toda parte.

Mãe tem um medo enorme e uma coragem descomunal.

O maior medo é não estar presente quando o filho precisar. O maior orgulho é ver que um filho é capaz de seguir sozinho o próprio caminho com os ensinamentos que aprendeu em casa.

Acabei verbalizando essa sensação depois de ler o que duas amigas manifestaram nas redes sociais sobre a saudade que sentem das mães que já se foram. Tenho certeza que estas duas mães estão orgulhosas de suas filhas. Gente linda, sabe! Amigas das quais não tenho queixas. Boas pessoas.

É isso...foi um dia e tanto. Espero ainda ver o novo episódio de uma série em que os médicos tem mais problemas que os pacientes.

Descansar? Responda-me quem é mãe. Não me importo com o meu descanso. O que deixa uma mãe feliz e tranquila é o bem-estar do filho.

Um comentário:

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