sexta-feira, 20 de abril de 2012

Cansei de ser inteligente!!!!

Penso logo sofro. Esse virou meu dilema. Quanto mais analiso as situações sócio-políticas com as quais me deparo, maior é meu desapontamento e meu sofrimento. Tanta injustiça. Tanta acomodação. Triste!

E como ainda não aprendi a ficar calada, inicio uma série de discursos verborrágicos passionais. Uma verdadeira revolta "mafaldiana". A rebeldia faz-me pensar e repensar ainda mais as palavras. Dor de cabeça!

E me pergunto: "Por que, meu Deus?" Parece que vivo em um mundo paralelo.

Lembro-me agora de uma entrevista da Mara Maravilha em que dizia que as mulheres deveriam ser submissas e deixar todas as decisões por conta do marido, seria uma questão de conforto. E é assim que eu sinto que os seres em posições dominadoras (isso mesmo, dominante, não) querem submeter a todas as pessoas inteligentes às suas decisões. Além do mais, querem que os dominados sintam-se confortáveis com a situação. E, no final das contas, esta relação serve para manter a zona de conforto dos dominadores. É a colonização perpetuada e legitimada pelo descumprimento de direitos constitucionais e sacramentada pela corrupção inimputável.

Inflamada por tantas teorias anti-corrupção, nadando contra a corrente, parece que vou me afogar no mar onde resolvi me lançar, sem avaliar a profundidade. O mar dos assuntos sérios onde apenas peixes grandes sobrevivem. Eu, pobre sardinha, só vou longe com a formação de um grande cardume.

Estão vendo? Penso muito.

Bom mesmo seria bater perna nos outlets da Calle Aguirre agora (com dinheiro na bolsa de grife, claro!). Preocupação dirigida apenas a cor do batom que vai bombar na próxima estação. Parar diante de uma vitrine e pensar se aquele lindo casaco ficaria bom com a calça que tem na loja do lado. Entrar na loja de produtos para salões de beleza e escolher um reparador de pontas. Melhor ainda seria escolher o esmalte mais pop do momento (e ter tempo para mandar fazer as unhas)!

"Sonho meu, sonho meu..." Acooorda!!!!  Eu acabaria fazendo um discurso sobre os reflexos das políticas econômicas nos preços das novas coleções. Ah!!!! Já fiz algo parecido. Acabei dando uma entrevista para TV quando passeava tranqüilamente por essa rua nas férias. Usei o espaço para expressar (reclamar) o quanto os produtos e serviços no verão estavam mais caros que no outono.

Vou (tentar) me concentrar esse fim de semana. Tentar manter o foco nas páginas da Vogue latina do mês passado (uma encomenda trazida pelo meu "primito" querido).

Ou seja, a leitura da Caras y Caretas uruguaia vai ficar para depois...Ai, cansei de ser inteligente!

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