Passado o mal estar do
pequeno, o dia começou normal escola, trabalho, casa.
Resolvi aproveitar para
pagar umas contas no shopping. O bom foi que o pequeno dormiu no
caminho. Ganhei uma janela no tempo para ir com tranquilidade ao
caixa eletrônico e namorar as tendências para o friozinho que vem
chegando.
Mas, não pude comprar
nada. Filho acordado, desejo de consumo adiado. O jeito foi cumprir a
promessa de brincar nos jogos eletrônicos. Adoro! É o momento em
que temos a oportunidade de sentir outra vez como foi ser criança.
As brincadeiras mudaram mas a sensação de êxtase ainda é a mesma.
Todo passeio com
crianças sempre inclui uma paradinha no banheiro. E é claro:
alimentação. Eu sempre disse que meu filho não comeria fast food.
Mas isso foi antes de ser mãe. Como ele não é fã de sanduíches,
um frango empanado e um suco ajudam a evitar o mal humor da fome
durante o passeio.
A aparente melhora
durou pouco. Começou a reclamar, dar chilique e acabou vomitando.
Fui do desejo por uma SuperNanny ao desejo por alguém para limpar
sujeira. Graças à tecnologia: forros de almofada, edredom e roupa
foram para a máquina de lavar. O filhote seguiu para o banho. A
praticidade de lavar roupas e meninos ainda não é a mesma...
Um pouco de gagau e
cama.
Descanso pra mãe
também.
Fui dormir pensando em
como ser uma mãe melhor. Quando um filho adoece ou erra, a sociedade
manda a conta para a mãe. As pessoas sempre se referem a uma criança
mal educada (eu prefiro, mal aprendiz...as mães ensinam, nem sempre
os filhos aprendem) da seguinte maneira: “Sua mãe não te
ensinou?” ou “Cadê sua mãe, menino?”. Ou xingam: “Seu filho
da mãe!” Como se isso fosse algo ruim...não vejo xingamento
nisso.
Existe um peso sobre a
maternidade maior do que qualquer outra ligação com a criança. Um
peso social, um peso pessoal. A obrigatoriedade de amar e cuidar
talvez esteja diretamente relacionada ao fato da criança ser um
pedaço do próprio corpo, carne da carne da mãe.
Mas, o melhor da vida é
saber que alguém nos deu a vida e que um dia demos a vida a alguém.
E quando digo dar vida também considero as mães adotivas. Mães que
são ainda mais especiais porque escolheram amar um filho que não
tinha mãe.
Gerar não concede
automaticamente a maternidade. Ser mãe é um exercício diário! Que
Deus abençoe todas as mães que dão o melhor de si para ensinar um
novo ser humano.